Transtornos Depressivos
Os episódios depressivos acometem em média 15% da população ao longo da vida, sendo duas a três vezes mais frequentes nas mulheres. A depressão compromete de forma significativa o desempenho físico, social e laboral do indivíduo, podendo ser comparada, com relação ao impacto causado, a doenças clínicas crônicas e potencialmente graves, como a hipertensão, o diabetes e a doença pulmonar crônica.
Os principais sintomas da depressão são: humor deprimido, perda do interesse ou do prazer nas atividades diárias, alteração de apetite com perda ou ganho de peso, insônia ou sonolência excessiva, agitação ou lentificação, fadiga ou perda de energia, sentimentos de inutilidade ou culpa, indecisão ou capacidade reduzida de pensar ou se concentrar, pensamentos de morte ou ideação suicida. Para a caracterização de um episódio depressivo maior, esses sintomas devem estar presentes durante um período de duas semanas ou mais.
Existem outros diagnósticos categorizados como transtornos depressivos, como por exemplo, o transtorno disfórico pré-menstrual. Neste caso, só as pessoas com útero podem ser acometidas, visto que sua ocorrência está relacionada às oscilações hormonais do ciclo menstrual. Para o diagnóstico, sintomas como mudanças bruscas de humor, irritabilidade, aumento da sensibilidade e dos conflitos interpessoais, humor deprimido, sentimentos de desesperança, ansiedade, alterações do apetite e do sono, dores musculares ou articulares, devem acontecer durante a semana anterior à menstruação e tornarem-se mínimos uma semana após o início desta.
Para o tratamento dos transtornos acima citados, a busca por um psiquiatra se faz importante e a abordagem medicamentosa pode ser necessária a depender da gravidade dos sintomas. Vale lembrar que diagnóstico e tratamento precoces tendem a favorecer a evolução do paciente.